A melhor (e única) forma de não estar perdido, é ser encontrado! Um encontro verdadeiro gera consequências na vida de qua...

Ir ao encontro do outro



A melhor (e única) forma de não estar perdido, é ser encontrado!
Um encontro verdadeiro gera consequências na vida de qualquer pessoa. A transformação que ele resulta é profunda e por mais que os efeitos imediatos durem apenas o tempo do encontro em si, seus efeitos colaterais podem se propagar a médio, longo ou ETERNO prazo.

Quem nunca passou por uma situação na qual perdeu um objeto de grande valia e sentiu falta daquele objeto. Alguns se sentem frustrados não pelo fato de não encontrar objeto em si, mas sim pela angústia e/ou culpa de tê-lo perdido.

Fico pensando: E se estes objetos tivessem sentimentos? E se tivessem voz? O que falariam?

Popularmente, costumamos dizer que existem muitas pessoas perdidas por aí! Tal como os objetos, muitas vezes essas pessoas não falam (por acharem que não serão ouvidas ou por não saberem ao certo o que dizer) e nem tem certeza do que sentem (por duvidarem da própria capacidade de possuir um coração). Assim como objetos perdidos, ficam esperando o momento em que serão encontradas.

Diferente dos objetos perdidos, as pessoas perdidas não geram em nós o mesmo senso de responsabilidade... A mesma angústia e culpa por ter perdido. Afinal de contas, os objetos nos pertencem, mas cada pessoa pertence a si próprio.

A verdade é que todos estão à espera de um verdadeiro encontro e para cada um, estes encontros se dão de formas diferentes!

Aos que um dia já se sentiram perdidos e foram encontrados, fica o compromisso de viver os efeitos colaterais do encontro e suas consequências. Ao sermos encontrados somos também preenchidos e se na condição de perdidos somos como objetos sem voz, o próprio encontro nos dá voz e nos ensina o que dizer (ou melhor, nos devolve a capacidade de possuir um coração que fala por nós!).

Existe uma antiga lição passada entre as gerações e cultivada culturalmente que diz o seguinte: “Faça aos outros aquilo que gostaria que fizessem a você!”. Se uma vez perdidos, gostaríamos de ser encontrados, que possamos também ir ao encontro do outro.

Que nossa sensibilidade, nos permita ouvir a voz que não sussurra e nem fala, mas que grita em corações oprimidos e que apenas desejam ser encontrados.
“Pois o Filho do homem veio buscar e salvar o que estava perdido" (Lucas 19,10)


Luís Maurício
Colunista

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